AFUNDO NO SMITH OU LIVRE: QUAIS AS DIFERENÇAS?
A passada, também chamada de avanço, é um dos exercícios mais completos para o treino de pernas e glúteos. Ela trabalha quadríceps, isquiotibiais, glúteos e até o core, especialmente quando feita de forma unilateral e com boa técnica. Porém, uma dúvida comum entre praticantes de musculação é: vale mais a pena fazer passada livre ou no Smith (máquina guiada)?
Neste artigo, vamos explicar as principais diferenças entre essas duas variações, os benefícios de cada uma, e em quais situações cada tipo de passada pode ser mais vantajosa.
O que é a passada (avanço)?
A passada consiste em dar um passo à frente, atrás ou ao lado, flexionando os joelhos em um movimento de agachamento unilateral. É um exercício funcional, pois simula padrões de movimento do dia a dia e melhora a força, equilíbrio e coordenação.
As duas formas mais comuns de execução são:
- Passada livre: feita com halteres, barra nas costas ou até com o peso do corpo.
- Passada no Smith: realizada na máquina com barra guiada, que restringe a trajetória do movimento.
Passada no Smith: vantagens e características
A máquina Smith permite que o movimento ocorra com a barra deslizando em um trilho fixo. Isso elimina a necessidade de estabilização por parte do praticante, o que pode ser útil em determinadas situações.
Benefícios da passada no Smith:
- Maior estabilidade: ideal para iniciantes ou para focar em ativação muscular específica.
- Menor exigência de equilíbrio: permite usar cargas maiores com mais controle.
- Mais fácil de aprender a mecânica básica do movimento.
- Maior isolamento dos músculos da perna: ótimo para fases de hipertrofia.
Limitações:
- Trajetória limitada: não respeita as diferenças individuais de biomecânica.
- Menor ativação do core e estabilizadores.
- Pode sobrecarregar articulações se a postura não for bem ajustada.
Passada livre: benefícios e desafios
A versão livre exige controle corporal, equilíbrio e coordenação, pois não há suporte externo durante a execução.
Benefícios da passada livre:
- Alta ativação muscular global, incluindo core e músculos estabilizadores.
- Mais funcional e natural: simula movimentos cotidianos.
- Maior transferência para outros exercícios compostos (como agachamento e levantamento terra).
- Permite variações como passada andando, reversa, lateral e com elevação.
Desafios:
- Maior dificuldade de equilíbrio: pode limitar a carga utilizada.
- Requer mais consciência corporal e domínio técnico.
- Mais fácil de cometer erros posturais, especialmente com barra livre.
Qual é melhor: passada no Smith ou livre?
A resposta depende do seu nível de experiência, objetivo de treino e condições físicas. Veja abaixo uma comparação para facilitar a escolha:
Critério | Passada no Smith | Passada Livre |
---|---|---|
Estabilidade | Alta | Baixa a moderada |
Ativação do core | Moderada | Alta |
Carga utilizada | Maior controle com mais peso | Limitada pelo equilíbrio |
Indicado para iniciantes | Sim | Sim, com adaptações |
Foco em hipertrofia | Muito eficaz | Também eficaz |
Transferência funcional | Menor | Maior |
Risco de lesão | Baixo com boa técnica | Maior sem controle postural |
Quando usar cada variação no seu treino?
- Para iniciantes: a passada no Smith pode ajudar a desenvolver o padrão de movimento com mais segurança.
- Para quem quer isolar os músculos (glúteos e quadríceps): o Smith facilita o foco em uma musculatura específica.
- Para desenvolvimento funcional e equilíbrio: a passada livre é mais desafiadora e completa.
- Para treinos avançados: intercalar as duas versões pode gerar mais estímulo e evitar platôs.
Conclusão
A passada é um exercício valioso no treino de pernas, independentemente da variação escolhida. A passada no Smith oferece mais controle e estabilidade, ideal para cargas maiores e foco muscular. Já a passada livre exige mais controle corporal e ativa mais grupos musculares, sendo ótima para funcionalidade e equilíbrio.
O ideal é usar as duas versões de forma estratégica, de acordo com seus objetivos e nível de condicionamento. Assim, você aproveita o melhor dos dois mundos e mantém a evolução constante nos treinos.